De tudo um pouco

Wednesday, September 28, 2011

Metades


Dualidade. Opostos. Doce e salgado, frio e calor. O mundo está repleto de metades fadadas a permanecerem separadas. A própria espécie humana parece ser a máxima expressão da luta constante entre partes antagônicas. Carne e espírito, razão e emoção, dor e prazeres, amor e ódio.
Somos instruídos desde cedo a lidar com os conceitos do bem e do mal. Escola e família proporcionam as vivências necessárias para a solidificação e aplicação de ambos. Nesse contexto, nos é ensinado a respeitar e tratar nossos semelhantes como a nós mesmos. Mas, que semelhantes são esses que  podem nos ser tão distintos, ao mesmo tempo?
É fácil observar o surgimento de pequenos grupos já no ambiente escolar, todos regidos por rituais de aparências e afinidades, cuidadosamente expostas ou ocultadas. É o momento em que se inicia o hábito de classificar as pessoas para compreendê-las. Não se pensa, a esse ponto, que, quando pessoas se unem, geralmente o fazem contra algo ou alguém. É familiar a todos o diálogo que se segue à uma apresentação informal de estranhos. Indagam-se sobre times de futebol, signos, religiões, partidos políticos, comenta-se sobre gostos musicais… Tudo na esperança de que as respostas resultem na melhor representação possível daquele de quem nada se sabe. De acordo com o que revela, cada estranho é considerado “dos seus” pelo outro, ou não. Isso acontece tão frequentemente que há quem considere mais fácil criar personagens para si próprio, em conformidade com a amizade, o amor ou o emprego almejados. Ao Príncipe de Maquiavel, “não é necessário possuir todas as qualidades, mas é necessário parecer tê-las”.
Se fôssemos analisados por um alienígena, seríamos todos vistos como um enorme e único grupo, enquanto distintos de qualquer outro ser ou objeto. Mas, sob a pele, abrigamos personalidades e vontades infinitas, o que nos torna sujeitos, donos de conjuntos de experiências individuais, todas centradas na perspectiva do “eu” – logo, subjetivas.
Nem por dentro nem por fora somos seres estáticos. Corpo, rosto e personalidade, para melhor ou pior, mudam um pouco a cada dia.  Somos, como disse Sartre, criaturas condenadas a aprender a ser livres. E é o indivíduo a fonte de sua própria liberdade, seja ela ilusória ou não.
Para Descartes, a descoberta desse “eu”, único e livre, coincide com a descoberta da razão, uma vez que a percepção individual mostra-se como realidade pensante, a verdade indiscutível, a consciência. Podemos dizer, assim, que o “Penso, logo existo” satisfez uma parte do   “Conhece-te a ti mesmo”, ordenado ao futuro pela Grécia Clássica.
 Como poderíamos, então, alcançar a compreensão do “eu” do outro, uma vez que jamais teremos acesso à consciência de qualquer um, a não ser nossa própria? Para se ter uma noção do quão vasta é essa questão, basta a lembrança de que a palavra “pessoa” vem do latim, e significa “máscara”.
Seria impossível, ainda que quiséssemos, mostrarmo-nos inteiramente ao mundo e, assim, sermos compreendidos pelos demais? Seria inevitável a construção de “máscaras” ao longo da vida, na melhor das hipóteses, apenas fragmentos de faces muito mais complexas?
Talvez daí surja as metades. Porque somos invisíveis, uns aos outros. Porque cada um é um universo único, em formação, uma configuração que jamais se repetirá novamente, cujo ponto de vista jamais será compartilhado com mais ninguém. Porque, enquanto vamos descobrindo quem somos, damo-nos conta da distância entre o “eu”, que tanto conhecemos e o resto do mundo tão insondável e, não raro, o sentimento de injustiça aflora somente quando vemos a nós mesmos prejudicados em alguma situação.
Mas não se pode dizer se tais diversidades e divergências é que impulsionam o homem à frente, ou se andamos tão lentamente justamente porque cada um insiste em escolher sua própria direção e, às vezes, alguns ainda param pelo caminho para convencer os demais de que a sua é a estrada correta.
 
Por mais que se reconheça que uma profunda compreensão das diferenças e o tão desejado entendimento mútuo da humanidade são pouco mais que fantasias longe de concretizarem-se um dia, permanece a certeza de que coexistir é tão complicado quanto necessário. E mais: a felicidade real habita um lugar muito além de uma simples convivência pacífica. Só se chega nesse lugar com a entrega, com a sincera tentativa de deixar cair as máscaras e a busca desarmada pelo vislumbre da verdadeira amizade, da verdadeira justiça e do verdadeiro amor. Unir metades é, antes de tudo, um ato de confiança nos mistérios que se escondem além de nós mesmos.  

Sunday, September 11, 2011

Eterno retorno


“E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: “esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes; e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indizivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e seqüência – e do mesmo modo essa aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez – e tu com ela, poeirinha da poeira!” Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasse assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderias: “Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!” Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse; a pergunta, diante de tudo e de cada coisa: “Quero isto ainda uma vez e ainda inúmeras vezes?” pesaria como o mais pesado dos pesos sobre teu agir! Ou, então, com terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?”
Nietzsche – A Gaia Ciência (1978: 208)





Reflita por um instante: Sua vida, até o dia de hoje, lhe é satisfatória o suficiente? Você aceitaria, de bom grado, o desafio do demônio de Nietzsche? Viveria, com alegria e entusiasmo, essa sua mesma vida, “ainda uma vez e ainda inúmeras vezes?”

O conceito do eterno retorno é visto pelo próprio Nietzsche como um de seus pensamentos mais aterradores. Porém, por mais soturnas que tais perguntas, em princípio, possam soar, pode-se dizer que elas guardam em si a sólida visão ética de seu autor, para quem o homem é e será o juiz de sua própria existência, e deve estar atento às suas decisões, que, uma vez tomadas, valem para todo o sempre.

Nesse sentido, ele afirma que não se pode crescer sem que se tenha vencido medos e escalado declives. Somente a consciência de quem é, o que quer e o que pode fazer perante seu destino empurra o homem para cada vez mais longe de seus limites, da mediocridade tentadora e das preocupações e superstições inúteis de uma sociedade envenenada. Livre de todo o peso estéril, o homem que passa pela vida como um dançarino, um jogador, um aventureiro que acena afirmativamente e com segurança para o porvir, não conhecerá arrependimentos.

Se esse inusitado demônio corre o risco ou não de surgir diante de qualquer um de nós, realmente não importa. O importante é, através desse exercício especulativo, redescobrirmos, o quanto antes, o valor do tempo que nos cabe e o peso enorme das minúsculas coisas que fazem parte de nossa preciosa eternidade cotidiana.


"Os homens não têm de fugir à vida como os pessimistas, mas como alegres convivas de um banquete que desejam suas taças novamente cheias, dirão à vida: uma vez mais”.
Nietzsche



Galacthic online



Galacthic é um jogo de browser que te transporta para um torneio intergaláctico, onde os lutadores batalham por fama e fortuna em arenas mortais. Além de travar perigosos duelos com jogadores do mundo todo, o jogador também pode criar o seu próprio time, para enfrentar os outros grupos presentes no game em uma arena multiplayer.
O objetivo do game é derrotar os adversários. As batalhas são separadas por turnos, onde o jogador tem uma quantidade de pontos de energia que são usados para realizar todas as ações, como andar e atirar. Com Inteligência, você conseguirá causar muito dano ao inimigo em apenas um turno. Estão disponíveis quatro raças diferentes, que tem as suas próprias características, como força, velocidade e precisão. Resta a você escolher a que mais te agrada. Os jogadores podem adquirir os créditos, que são usados para melhorar as suas armas, tornando-as mais poderosas. Entre na batalha para tornar-se o campeão das galáxias em Galacthic.

Friday, September 9, 2011

Sonic



Sonic Generations já é uma comemoração aos 20 anos de Sonic, então era de se esperar que teriamos uma edição de colecionador no mínimo maravilhosa. O único detalhe é que ela vai sair apenas na Europa, então teremos que importar de lá se quisermos ter essa preciosidade.

A edição de colecionador vai sair tanto para Playstation 3 quanto para Xbox 360. Vem com uma estatueta com os dois Sonic, um anel de ouro numerado do Sonic (mas não diz se ele é realmente de ouro), um livro de arte com os 20 anos de Sonic, a trilha sonora com várias músicas selecionadas de todas as fases do Sonic, um documentário com a história do Sonic, uma caixa especial para guardar tudo isso, e ainda download de bonus para o jogo.

Tudo para deixar os fãs do espinhudo loucos,  e apesar da SEGA não ter divulgado ainda qual será o preço desta preciosidade, ela só poderá ser encontrada na Europa e na Australia.



[Via: Joystiq]

Tuesday, September 6, 2011

Você é um NERD?


Verifique se você é um nerd.
 


















 


Se o resultado for positivo você terá direito e deveres que são os seguintes:


Direitos
  1. O direito de ser nerd.
  2. O direito de não ter que sair de casa. (Nós do Hype, povo de internet, gostamos desse)
  3. O direito de não gostar de futebol ou de qualquer outro esporte.
  4. O direito de se associar com outros nerds.
  5. O direito de ter poucos (ou nenhum) amigo.
  6. O direito de ter o tanto de amigos nerds que quiser – o que não é a mesma coisa do que ter qualquer amigo.
  7. O direito de não ter que estar “na moda”. (Se bem que hoje dizem que ser nerd tá na moda)
  8. O direito ao sobrepeso (ou subpeso) e de ter problemas de visão.
  9. O direito de expressar sua nerdice.
  10. O direito de dominar o mundo.
Deveres
  1. Ser nerd, não importa o quê.
  2. Tentar ser mais nerd do que qualquer um.
  3. Se há uma discussão sobre um assunto nerd, você deve dar sua opinião.
  4. Guardar todo e qualquer objeto nerd.
  5. Fazer todo o possível para exibir seus objetos nerds como se fossem troféus.
  6. Não ser um nerd generalista. Você deve se especializar em algo, como games ou quadrinhos.
  7. Assistir a qualquer filme nerd na noite de estreia e comprar qualquer livro nerd antes de todo mundo.
  8. Esperar na fila em toda noite de estreia. Se puder ir fantasiado, ou pelo menos com uma camisa relacionada ao tema, melhor ainda.
  9. Não perder seu tempo em nada que não seja relacionado à nerdice.
  10. Tentar conquistar o mundo.

Monday, September 5, 2011

Desabafo........




A vida é o que fazemos dela e não o que ela faz da gente.Não somos meros expectadores de uma história que corre aos nossos olhos. Somos os atores principais e os regentes de fatos e acontecimentos. E nem sempre esses são plenos e perfeitos… Superação, motivação e aprendizado fazem parte dessa trajetória. E seguir esse espetáculo -a vida- por nós mesmos e, consequentemente, em prol do bem comum.
Vocês já pensaram o que andam fazendo da sua vida? Gostam do que vem a mente quando pensam nisso?
Reflita………